Drenagem Linfática emagrece? A resposta é não. Porém se você quiser entender melhor o assunto leia este post por completo
O sistema linfático anda junto com o sistema circulatório. A gente considera 3 líquidos para entender o sistema linfático: o primeiro é o líquido presente no sangue, que é o plasma, que faz o sangue circular. O segundo líquido é o que fica entre os capilares e as células. Esse espaço se chama interstício ou espaço intersticial. O líquido que fica nesse espaço é o líquido intersticial. O terceiro líquido que é importante saber, é a linfa, que corre dentro dos vasos linfáticos e gânglios linfáticos.
Se considerarmos um pessoa de 70 quilos, ela tem aproximadamente 40 litros de água no corpo, no total.
Nesse caso seria assim a distribuição desses 40 litros:
- Líquido intracelular – 23 litros
- Líquido intersticial – 10,5 litros
- Sangue – 5 litros
- Linfa – 1,5 litro
Do sangue, vamos considerar somente a parte líquida, somente o plasma. O capilar arterial chega com uma pressão grande do sangue. Essa pressão a gente chama de pressão hidrostática (pressão exercida pelo sangue dentro dos vasos sanguíneos). No capilar arterial essa pressão é mais alta do que a do lado de fora do capilar sanguíneo. É por essa diferença de pressão que parte dessa água (plasma) vai sair e ir para o interstício, junto com oxigênio e nutrientes.
O plasma que circula leva nutrientes para as células. Os nutrientes serão jogados nos interstícios, ou seja, ficam dispersos no líquido intersticial e a células irão absorver esses nutrientes e liberar toxinas.
O plasma, quando atravessar a membrana capilar e entrar no interstício, vai mudar de nome e se chamar líquido intersticial. A célula vai absorver o nutriente e um pouco desse líquido. Quando migra para o interior da célula, esse líquido passa a se chamar hialoplasma. Depois, a célula irá jogar as toxinas no interstício. Então, o hialoplasma muda de nome e volta a se chamar líquido intersticial.
Então o líquido intersticial retorna para o capilar venoso. Ele volta com gás carbônico e partes de resíduos metabólicos.
Apenas 90% do líquido intersticial retorna para o capilar sanguíneo. Os outros 10% são absorvidos pelos capilares linfáticos, juntamente com pequenas células, proteínas e moléculas grandes, que não conseguem retornar pelos vasos sanguíneos, que tem uma permeabilidade menor. Os 90% ao retornarem para o capilar sanguíneo mudam de nome e voltam a se chamar plasma sanguíneo.
Ainda nos interstícios temos os capilares linfáticos. Preferencialmente do lado dos capilares venosos, que é onde temos mais toxinas. Eles vão servir como aspirador e sugar o líquido intersticial. Após entrar nos capilares linfáticos, esse líquido passa a chamar-se linfa.
Quando a gente começa a perder o líquido intracelular e esse líquido vai se acumulando no espaço intersticial, temos os famosos edemas ou inchaços. Para evitar esses edemas, temos um sistema de circulação paralelo para sugar esse excesso de líquido entre as células. O sistema linfático termina quase no coração, devolvendo o líquido para a corrente sanguínea.
A drenagem linfática apenas aumenta a velocidade de reabsorção de líquidos, diminuindo a retenção de líquidos e toxinas e consequentemente a redução de edemas.
Ela não quebra a gordura, ela ajuda a aumentar a velocidade de absorção do líquido intersticial, direcionando-o para os capilares linfáticos.
Se você fica muito tempo em pé, por exemplo, haverá grande acúmulo de líquido nos membros inferiores. Se você deitar com os pés para cima, naturalmente esse líquido será drenado. A drenagem linfática só acelera esse processo.